quinta-feira, 19 de junho de 2008

Choque 68


Quando o ano de 1968 começou, a liberdade era o maior desejo. Liberdade mesmo! Sem pudores ou medo de consequências. No final de dezembro do mesmo ano, o simples fato de não ser perseguido e enjaulado ja era de se comemorar. O mesmo ano em que José Celso dirigiu Roda Viva, criação maestra de Chico Buarque, os diretores da nação transformaram a ditadura em DITADURA.

O Brasil de 68 era um país onde as mudanças de comportamento eram encaradas sempre de forma positiva, independente das consequências. E foi nesse contexto que o país viu aparecer um movimento que modificou o panorama músico-comportamento-cultural brasileiro. Caetano, Gil, Os mutantes e Cia não se satisfizeram em criar simplismente grandes canções, mas preencheram-na com subjetividades que à época não foram entendidos pela juventude revolucionária. Mesmo sendo seus participantes enganjados no movimento, a informação não foi entendida por seus companheiros de luta.

Outro grande nome da classe artística no movimento era Chico Buarque. Apesar de manter uma linha musical considerada antiga, Chico teve em 68 um dos anos mais inspirados de sua carreira. Roda Viva foi, e ainda é, um marco no cenário cultural brasileiro. Só quem não entendeu suas propostas foi o governo militar, que promoveu um verdadeiro ataque ao autor e aos atores da peça, chegando inclusive a , covardemente, obrigar a atriz Marília Pêra a passar, nua, por um "Corredor Polonês".

Do exterior, onde os movimentos estudantis também não deram trégua às autoridades, notícias marcantes chegavam. Feitos na aréa da música, cinema e até na corrida espacial movimentavam "o ano que não terminou". O "The White Album" dos Beatles onde a miscelânia musical tornou-se padrão usado até hoje. 2001, Uma odisséia no espaço de Stanley Kubrick, que foi escolhido essa semana como o melhor filme de ficção científica do século XX pelo Instituto de Cinema Americano, revolucionou os padrões do cinema mundial.

domingo, 15 de junho de 2008

Samba de luto.


Morreu aos 95 anos José Bispo Clementino dos Santos, um mau humorado. Intérprete, como gostava de ser chamado, de uma voz sem igual. Morreu Jamelão. O samba está de luto.

A maior voz que passou pela Sapucaí, deixou um legado de inesquecíveis carnavais. Interpretações memoraveis de canções de grandes mestres da música como Lupicínio Rodrigues, Ataulfo Alves, Zé ketti entre outros.



Trecho do memorável desfile da Estação Primeira de Mangueira, em 2002, com o enredo "Brasil com Z é pra cabra da peste, Brasil com S é nação do Nordeste".

sábado, 14 de junho de 2008

RA 22 - Sudoeste / Octogonal -- Meu nome é esporte!



Trabalho desenvolvido por integrantes do 1º Semestre de Jornalismo do IESB, revelando a infra-estrututa existente em na RA 22 - Sudoeste Octogonal.

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No processo de busca de informações para elaboração do vídeo, ficou evidente a discrepância na maneira com que a população, de diferentes RA´s, lida com o tema esporte no bairro.

A região do Sudoeste/Octogonal, ocupada por moradores de classe média e alta, tem opções bastante diversificadas para prática esportiva. Academias, quadras, a proximidade com o parque da cidade, além de projetos de construção de pistas de skate a tornam uma das regiões mais favorecidas com infra-estrura para prática esportiva no DF.

Segundo informações da administração regional, antes de construir uma quadra poliesportiva é feita uma reunião, em que o bloco perdedor fica com a quadra. Quer dizer, não há interesse dos moradores em ter, próximo de seus apartamentos, um local onde o "barulho" possa atrapalhar seus descansos.

Esse caso torna evidente a diferença de tratamento dado a cada região administrativa. Em regiões como Itapoã, formada por moradores humildes, nem o asfalto conseguiu chegar.


sexta-feira, 6 de junho de 2008

O CRITÉRIO SUBJETIVO NO JORNALISMO

O jornalista é o profissional da informação. A pessoa responsável em levar a conhecimento público, com isenção, os fatos que movimentam o mundo.

No exercício da sua função, o jornalista enfrenta muitos obstáculos. Perigos que afetam sua integridade física são recorrentes. Mas é no campo subjetivo que ele deve ter maior cuidado para não estigmatizar sua carreira. Nem sempre o seu entendimento sobre um assunto vai refletir a necessidade real da população, a notícia. Deve separar opinião de informação.

Essa separação não diz respeito, apenas, a pessoas. Mas também aos meios de comunicação como um todo. Mesmo sendo empresas que visam lucro, é dever desses meios não influenciar o público. Principalmente, criando visões de um determinado assunto que privilegiam seus interesses econômicos. O relatório da Hutchins Commission exemplifica bem as atitudes que essas empresas devem tomar, em relação a esse conflito de interesses.

Acima dessas divergências ideológicas, o jornalista tem o compromisso com a verdade. Mentir, omitir ou adulterar fatos são ações que trarão consequências que não irão superar possíveis sucessos. A invenção de histórias, como no caso Stephen Glass, demonstram apenas uma incapacidade técnica e uma mal aproveitada criatividade do profissional.

A informação é o objeto de trabalho do jornalista. Tudo que ele transmite à população é notícia. É na hora de escolher o que vai ser transmitido que o critério deve ser fazer mais presente, sabendo as consequências que as suas matérias podem ter.

Ética e responsabilidade são pilares inerentes a qualquer profissão. Devem ser preservados por quem realmente quer ter uma carreira de sucesso, e não por contradições sobre sua competência.